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HISTÓRIAS & MEMÓRIA ORAL & FATOS |
"O LESTE EUROPEU DE SÃO PAULO ESTÁ AQUI”.
Todos sabemos que o Estado de São Paulo foi colonizado e desenvolvido por imigrantes de várias partes do mundo proporcionando a cada cidade a sua peculiaridade cultural.
A cidade de São Paulo possui até hoje etnias descendentes de imigrantes que mantém ainda latente aquele aspecto cultural forte caracterizado pela manutenção do idioma, expressão de seu folclore, prática de sua culinária, confecção de seu artesanato e cultivo de sua religião e tradições.
A região de Vila Zelina e suas adjacências como a Vila Alpina, Vila Bela, Vila Lúcia, Jardim Avelino , Parque Vila Prudente, Parque São Lucas e Quinta das Paineiras ainda oferecem aquele ar provinciano da região que teve como um dos aspectos culturais fortes, dentre outros, a concentracao de imigrantes do centro e leste da Europa como bielorrussos, búlgaros, croatas, eslovenos, estonianos, húngaros, letos, lituanos, poloneses, romenos, russos, tchecos e ucranianos. Em adição a imigrantes e descendentes de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, japoneses, chineses, gregos, africanos, afrodescendentes, árabes e brasileiros natos, assim como foi e e Sao Paulo.
Um dos projetos da AMOVIZA objetivando valorizar este aspecto cultural forte leste europeu foi realizado atraves de uma pesquisa tecnica formal e factual em parceria com historiadores e antropologos de universidades onde tracou-se um perfil imigratorio e de suas geracoes de descendentes seguintes o qual foi dividido por decadas entre 1920 ate 2010 baseado em documentos registrados nos respectivos cartorios de imoveis da epoca. Buscou-se historias de residentes (imparciais), cruzamento de dados entre orgaos de diplomacia como embaixadas/consulados e entidades publicas que contem dados e documentos imigratorios. Evitamos considerar publicacoes historicas de jornais de bairro e da regiao a fim de evitar uma parcialidade dos dados pois notamos que a maioria dos depoimentos nesses jornais induziam para uma opiniao pessoal e a favor de uma ou outra comunidade ou etnia devido a lacos de amizade pessoal e de mobilizacao de alguns grupos de familias e frequentadores de determinadas igrejas e suas respectivas religioes.
Os projetos culturais da AMOVIZA objetivam o desenvolvimento do empreendedorismo local e inclusao social utilizando a tematica cultural leste europeia. Comparando-se com outras imigracoes predominantes ao Brasil e em especial para Sao Paulo, o contingente imigratorio do centro e leste da europa e pouco significativo em termos de numeros. Sabemos que a heranca das riquezas culturais com o tempo se diluem e se perdem, para isso a unica forma de perpetua-las e atraves de seu empreendedorismo.
Na Vila Bela temos a Igreja Católica Nossa Senhora da Imaculada Conceição de rito bizantino,fundada em 1960 com ajuda da Comunidade Ucraniana.
Na Vila Alpina temos duas Igrejas Ortodoxas Russas uma do Rito Antigo “Starovéri” e a Paróquia Santíssima Trindade fundada em 1930.
Na Vila Zelina , Vila Lúcia , Parque Vila Prudente e Quinta das Paineiras temos a Igreja Católica São José de Vila Zelina fundada em 1931 com ajuda da Comunidade Lituana uma das grandes empreendedoras na época juntamente com as comunidades russa, bulgara, polonesa, romena, hungara e tcheca também esteve presente na fundação do colégio local, temos também a Igreja Batista Boas Novas fundada em 1928 , a Igreja evangelica Assembleia de Deus Russa fundada em 1939 e as Igrejas Ortodoxas Russas da Rua Montojo e Rua Paratiquara da Santissima Trindade foi fundada em 1930 com ajuda da Comunidade Russa .
Existiu entre as década de 1940-50 uma Igreja Ortodoxa Russa localizada na esquina da Av. Zelina com a atual R. Barão de Juparaná que foi fechada durante os anos do auge do regime militar e de perseguição aos imigrantes eslavos que na época chegavam a trocar os sufixos de seus sobrenomes a fim de preservar-se ante tal perseguição e discriminação.
Além dos imigrantes do centro e leste da europa, tivemos também a grande contribuição de outras etnias como a italiana, espanhola, portuguesa, alemã, japonesa, chinesa, africana , brasileira nativa além de outras.
As terras onde localiza-se hoje a região de Vila Zelina eram de propriedade da Família de descendência Portuguesa Monteiro Soares que contratou o Sr. Carlos Korkisko de ascendência russa para viabilizar seu loteamento e ajudar na construção de suas primeiras residências.
Como Carlos Korkisko falava os idiomas alemão, lituano, polonês e russo, isto o ajudava na comunicação com os imigrantes recém chegados da Europa oriental que identificaram-se com a região, construíram suas igrejas, seus colégios, seus comércios, suas residências e ali se estabeleceram.
Temos hoje o privilégio de termos a Senhora Elena Tumenas, sobrinha da Carlos Korkisko, considerada uma das histórias vivas de nossa região, que com seus 90 anos vem continuamente trabalhando ativamente em eventos de ações sociais destinadas aos mais necessitados.
Como curiosidade, Elena Tumenas é aquela menininha que aparece na famosa foto antiga do então largo de Vila Zelina da década de 30/40, na lateral em cima do calhambeque de seu tio Carlos Korkisko durante um dia de missa na Igreja São José de Vila Zelina.
Hoje temos alguns logradouros nomeados alusivos a alguns participantes da formação desta região como a Praça República Lituana (Antigo Largo de Vila Zelina), Passagem Lituania Livre, Praça Imigrante Leste Europeu, Praça Pushkin(em homenagem a comunidade russa local) , Rua Mns Pio Ragazinskas e Rua Monteiro Soares Filho.
Desde 2008 a AMOVIZA – Associação dos Moradores, Comerciantes, Empresários e Amigos do Bairro de Vila Zelina vem através de um de seus projetos resgatando e colocando em evidência o legado cultural desta região através da organização de eventos comunitários como a Festa do Aniversário de Fundação do Bairro de Vila Zelina – Festa do Leste Europeu de S.P. realizado em 27 de Outubro , data também comemorativa ao Dia do Imigrante do Leste Europeu (data suportada pelas leis municipais: 14.995, 15.665/2012 e 15.870/2013) , Corrida e Caminhada de Vila Zelina no Parque ecológico de Vila Prudente, Miss Leste Paulistano e Homenagem Solene às personalidades da região, além das Feiras Comunitárias Mensais de Artesanato e Culinária Típica do Leste Europeu de S.P. , eventos realizados na Rua Aracati Mirim ao lado do Parque Ecológico de Vila Prudente. Eventos que promovem a união e mobilização comunitária proporcionando o empreendedorismo, o desenvolvimento regional e a inclusão social.
A Vila Zelina, foi também conhecida como Vila dos “Bichos D`água” em alusão aos imigrantes vindos por mar.
O orgulho de suas descendências e origens às vezes pode ser considerado por alguns como bairrismo ou estigmas geopolíticos históricos, pois às vezes quando perguntamos a um descendente de búlgaros, húngaros, ucranianos, lituanos, russos e poloneses e outros o que é a Vila Zelina, ele com certeza irá dizer que é um Bairro do seu país . O correto e racional seria dizer que a Vila Zelina é um Bairro de todos , de búlgaros, de húngaros, de ucranianos, de lituanos, de russos e de todos que mesmo em maioria ou minoria estiveram sempre presentes e contribuíram para sua formação.
Quem já não experimentou aquele tipo de ravióli cozido recheado ou com batata, queijo, carne, ricota, repolho ou cogumelos e servido com creme de leite, cebola e bacon frito, chamado de “varêniki” pelos russos, “virtinai” pelos lituanos e de “pierogui” pelos ucranianos. Quem já não experimentou aquele refrigerante leste europeu feito à base de pão fermentado chamado de “kvás” pelos russos e de “Duonos Gira” pelos lituanos. E aquela sardinha/arenque aperitivo curtido conhecido como “Siliótka” pelos russos e de “Silkis” pelos lituanos. E aquele “pão preto” que é consumido por todos estes povos do leste europeu e até hoje não temos certeza quem trouxe a receita original para Vila Zelina. São os mesmos pratos e bebidas mas com nomes diferentes.
Quem não conhece aquelas bonequinhas russas, “Matrióshkas”, que encaixam-se umas nas outras e, aquela tradição da pintura e decoração de ovos com motivos eslavos. Tudo isso, é uma riqueza cultural muito grande que deve ser perpetuada, divulgada e integrada ao brasileiro pois também faz parte da diversidade cultural do nosso Brasil.
O empreendedorismo da cultura imigrante no Brasil é a única forma de perpetuá-la.
“Óh” Vila Zelina , será sempre a “Nossa Vila Zelina”, em respeito a todos que ali se estabeleceram e que vivem e trabalham até hoje.
HISTÓRIA DE CARLOS CORKISKO E SUA FAMILIA
Carlos Corkisko foi um dos grandes empreendedoes da Vila Zelina, a familia Korkisko era orinalmente de Stebliv, que na época da primeira guerra mundial fazia parte do Império Russo. Falavam o idioma russo. Alexei Korkisko, esposa e 9 filhos emigraram para a Lituânia em 1910, após a guerra do Japão contra a Rússia. Carlos Korkisko era um dos filhos. A mãe do do Dr. Jonas (dentista renomado de Vila Prudente), Dona Júlia, era irmã do Carlos. Viveram por 17 anos na Lituânia, em Vilkaviskis. O exército alemão invadiu a Lituânia na primeira guerra mundial, e a Revolução Russa tornou as coisas complicadas por lá também. A família mandou o Carlos para o Brasil, onde ficou por dois anos para ver como era o país. Ele mandava cartas para o bisavô contando como era bom aqui. Estas cartas em russo e algumas em eslavo antigo ainda existem e foram traduzidas pelo bispo da Gregor da Igreja Ortodoxa Russa de Vila Alpina . Com isso, tiveram coragem de vir para o Brasil em 1927. Vieram com viagem paga pelo governo de São Paulo e ao chegarem foram mandados para fazendas de café no interior, junto com muitos outros imigrantes. Mas o Carlos estava em São Paulo e trabalhava com Monteiro Soares Filho (famila de ascendência portuguesa), como corretor. Tirou a família das fazendas, vieram pra Vila Zelina. Zelina era o nome da filha do casal Monteiro Soares que em sua homenagem deu-se o nome ao Bairro de Vila Zelina. O Carlos falava vários idiomas. Com seu impeto empreendedor chegou a ter uma loja de materiais de construcao onde vendia "fiado" para facilitar as familias recem-chegadas a construirem suas proprias casas. Onde algumas ate hoje mantem o design e distribuicao de comodos original padronizado na epoca com uma sacada e varanda na frente cujos lotes individuais padronizados de 300m2 tem nas laterais e na frente a jardins e uma horta nos fundos. Na fachada de algumas destas casas costumava-se colocar em relevo o ano de sua construcao onde ate hoje, algumas delas ainda preservam esta inscrição. Quando Carlos veio sózinho para o Brasil, na regiao onde já existiam muitos imigrantes do Leste Europeu com predominancia na epoca de russos, bulgaros, ucranianos, poloneses, húngaros, techco eslovacos, iugoslavos e lituanos. Na Vila Zelina na rua Barao do Juparana No 46 proximo ao posto de gasolina esquina com avenida Zelina, morou a Sra. Elena Tumenas , sobrinha de Carlos Corkisko , considerada a historia viva da região, pois com sua memoria extraordinaria gostava de contar com detalhes a historia de sua familia, de Carlos Corkisko seu tio e da Vila Zelina. A sra. Elena Tumenas era a menina que estava na famosa foto antiga do Largo de Vila Zelina de pe no estribo ao lado de seu tio Carlos Corkisko dirigindo seu calhambeque . No local deste posto de gasolina próximo a casa de Elena Tumenas havia uma Igreja Ortodoxa Russa que acabou sendo fechada durante o regime militar das decadas de 1950-60. (A historia da familia e baseada em fatos contados pelos seus parentes e constatados atraves de documentos como registro de escrituras/propriedades, certidoes de nascimento, cartas, passaportes e por sessoes memoria oral de seus familiares diretos , acervo hoje arquivado e disponivel na AMOVIZA).
HISTÓRIA DA IGREJA BATISTA BOAS NOVAS NA VILA ZELINA
Tudo começou com 26 crentes que no dia 15 de Outubro de 1928 decidiram alugar uma pequena garagem na Rua Padre Raposo, 87, no bairro da Móoca. Passados apenas três meses mais precisamente no dia 6 de Janeiro de 1929, certos da vontade do senhor e cheios de alegria e fé, eles organizaram a Igreja Batista Russa da Moóca.
Naqueles anos a imigração dos povos do leste europeu era intensa no Brasil, tanto é que a garagem se tornava pequena, diante dos que chegavam e dos muitos.
Em Outubro de 1929, com o local de cultos completamente tomado, era hora de se pensar em um novo local para as reuniões, e foi neste tempo que na mesma rua, no número 52, havia um amplo salão, o qual foi imediatamente alugado.
Nesta época, a Vila denominada Bela começava a ser loteada e dezenas de membros da igreja compraram lotes e começaram a construir suas casas e decidiram trazer a casa de Deus para próximo deles, foi então que no dia 6 de Outubro de 1932, eles inauguraram na Rua das Margaridas, 34, Vila Bela, um bonito templo e permaneceram por ali até 23 de Junho de 1953. Só para se ter uma idéia o custo do templo com capacidade para 200 pessoas foi de “Vinte Contos de Réis”.
A partir de 1934, a liderança passou a discutir que o templo se tornava pequeno a cada mês.
Há relatos de que para poder assistir o culto sentado era necessário chegar ao templo com 30 minutos de antecedência do início das atividades. Esta necessidade de espaço físico foi uma temática durante anos, até que no ano de 1946, foi adquirido o terreno de 1171 metros quadrados ao preço de Cr$ 100,00 (Cem Cruzeiros) o metro quadrado no qual temos o nosso templo.
A partir daí todos os membros se empenharam voluntariamente na obra de construção como pedreiros, serventes de pedreiros, eletricistas, encanadores, carpinteiros, pintores e etc. até que no Domingo, dia 26 de Julho de 1953, aconteceu o culto de inauguração do templo e dependências, na ocasião o mensageiro foi o saudoso Pr. Rubens Lopes.
Um fato muito significativo aconteceu dias antes da grande festa de inauguração. Na quinta-feira dia 23 a igreja se despediu do antigo templo, com os membros saindo silenciosamente e apagando as luzes, após a reunião de oração. Fechadas as portas com uma oração do querido Padre Carlos Grigorowitch, era dado início a um novo tempo na Igreja Batista Russa da Móoca, agora denominada “Igreja Batista Boas Novas”.
Quando aquela pequena multidão chega às portas do novo templo, o Engenheiro M. Freitas entrega a chave principal ao Pr. Carlos e este pediu ao irmão Silas Adruchov, membro mais idoso da igreja, que abrisse as portas. Todos cantaram o hino: “Louvamos o Te Ó Deus”.
O novo templo inaugurado comportava até 800 pessoas, além de salas e salões para as reuniões. Na época era um dos mais confortáveis templos do Estado de São Paulo. O prédio custou Cr$ 2.011.000,00 e para tanto a Junta Patrimonial Batista concedeu um empréstimo de Cr$ 1.000.000,00 e o Padre I.V. Neprash, da outra América, muito cooperou para que a dívida restante fosse paga antes do prazo estabelecido. Tendo definitivamente resolvido à questão do espaço, a Igreja amplia sua visão missionária, evangélica e de crescimento espiritual de seus membros. E com determinação a Igreja Boas Novas foi adiante, apoiando as obras de missões Estaduais, nacionais e Mundiais, além de abrir pontos de pregação, congregações organizando igrejas, enviando jovens para os seminários e ordenando ao ministério da palavra dezenas deles.
A Igreja Batista Boas Novas organizou as seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista em Osasco, Igreja Batista em Carapicuíba, Primeira Igreja Batista em Lindóia, Primeira Igreja Batista em Vila Carrão, Igreja Batista em Vila Cardoso Franco e a Igreja Batista Boas Novas Bragança Paulista.
O Pr. Carlos Grigorowitsch este a frente da Igreja por quase 43 anos. Após a sua morte ocorrida em 7 de Novembro de 1972, a igreja passou a ser liderada pelo Padre Waldemiro Tymchak, o qual ficou a frente da mesma até o ano de 1979, quando assumiu a Secretaria Executiva da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira. No mês de Abril de 1981, assumiu o pastorado de Boas Novas o Pr. Antônio Gonçalves, ficando até dezembro de 1989. Em Fevereiro de 1991 assumiu o ministério da Igreja o Padre Pedro Solomca, o qual esteve conosco até o mês de Março de 1994. E há quinze anos temos o Padre Vagner Vaelatti e sua esposa Marta e seus filhos Daina, Nádia e Daniel, os quais nos lideram no senhor.
Somos atualmente mais de 1700 membros, que ao lado de nosso pastor, e guiados por Deus estamos procurando, por todos os meios, e todas as maneiras, semear as Boas Novas de Jesus Cristo, esperança nossa a esta presente geração.
Ora, aquele que é poderoso de impedi-los de cair e para apresenta-los diante de sua glória, sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo nosso senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo sempre! Amém. (Judas 24 e 25).
Novo templo – Rua Marechal Mallet, 611 – Pq Vila Prudente, São Paulo – Tel.: 11 23418141 / 27684681.
O histórico acima foi extraído do site da Igreja Batista Boas Novas: www.boasnovas.org.br.
HISTÓRIA DA REGIÃO LESTE EUROPÉIA DE VILA PRUDENTE
(Vila Alpina, Vila Bela, Vila Zelina, Quinta da Paineira, Vila Lúcia, Jd Avelino)
Em 27 de Outubro de 1927 adotou-se como a data de fundação do Bairro de Vila Zelina após a análise de alguns documentos e testemunho dos primeiros moradores e pessoas que transitavam por esta região, conhecida ainda no século 19 como Baixos do Embauba. Cláudio Monteiro Soares Filho, um dos proprietários de grande parte dessas terras, resolveu então lotear o espaço em 1927 e vender, para que se povoasse o local, já que em Vila Prudente, bairro vizinho, as fábricas e a atividade comercial já eram latentes.
Porém, como Monteiro Soares Filho não tinha muito tino para a venda, delegou esta função a um imigrante recém-chegado da Rússia, Carlos Corkisco, que instalou uma espécie de escritório no lugar onde hoje funciona a Padaria São José, bem no Largo de Vila Zelina.
O nome "Zelina" foi em homenagem a filha do casal de ascendência portuguesa Carlos Monteiro Soares e Zenobia Alvarenga Monteiro Soares.
Recém chegado com outros imigrantes do leste europeu, Corkisco foi para a região do Brás e da Mooca (mais precisamente para a hospedaria dos imigrantes, que é onde todos ficavam quando chegavam ao Brasil) para fazer propaganda das novas terras à venda em um lugar bem próximo, mas bem mais tranqüilo. Como tinha fluência das línguas russa, lituana e polonesa, essas nacionalidades foram as que mais adquiriram um espaço de terra.
Devido a semelhança de hábitos e tradições entre imigrantes dos países do leste europeu houve uma harmonia durante sua ocupação dos terrenos de Vila Zelina pro estas famílias compostas por integrantes de comunidades de imigrantes do leste europeu como Bielorrussos , Búlgaros, Croatas, Estonianos, Eslovenos, Húngaros, Letos, Lituanos, Poloneses, Romenos, Russos, Tchecos e Ucranianos.
Quem nos conta esta história é a sobrinha de Carlos Corkisco, Elena Tumenas, descendente de russos que chegou no Brasil com dois anos e, a convite do tio, vendeu todos os pertences na Rússia e veio com sua família para Vila Zelina em 1929. Ela é a moradora mais antiga da Vila Zelina e lembra com detalhes de todo o nascimento do bairro. “No começo, não havia nenhum comércio aqui na região e éramos obrigados a ir até a Vila Bela para fazer compras. A primeira padaria só abriu no fim de 1934, início de 1935, conta Elena.
Ela lembra que foi moradora de uma das primeiras casas do bairro, construída também pelo seu tio Carlos.
Profissional da alta costura, Elena trabalhou nos principais ateliês de moda da cidade e vestiu praticamente todas as noivas do bairro. Quando se casou, em 1945, morou na Rua Campos Novos, mas poucos anos depois se mudou para a Rua Barão de Juparaná, onde vive até hoje.
Construção das igrejas
Quando se iniciou o bairro e os imigrantes começaram a se mudar, muitos sentiram a necessidade da construção de um lugar para que todos tivessem um apoio espiritual. Sabendo dessa necessidade, Carlos Corkisco funcionário de Monteiro Soares Filho auxiliou na intermediação da doação de parte do lote central e mais 80 mil tijolos para que a comunidade, em sua maioria católica lituana, construísse a igreja.
Mesmo com a doação destes tijolos, precisava ainda de mais materiais e, claro, a mão-de-obra. A mão de obra na época foi constituída de voluntários de diversas etnias do leste europeu. Nessa época, o padre lituano Benediktas Sugintas, que já estava na região, pediu ajuda à comunidade lituana dos Estados Unidos e da própria Lituânia. A ajuda foi grande, mas não o suficiente. Mesmo assim, a comunidade pedia que o local ficasse pronto com rapidez. Com projeto arquitetônico elaborado por Ramos de Azevedo, inaugurava-se, em 16 de fevereiro de 1936, o primeiro templo católico lituano da América do Sul. Cerca de 6 mil pessoas, entre fiéis, padres, seminaristas e representantes da cúria participaram da primeira cerimônia.
Na década de 40 haviam jogos de times de várzea da região onde o campo de jogo era onde hoje está construído o Colégio São Miguel Arcanjo. Anteriormente a esta época de construção da Igreja Católica São José de Vila Zelina já havia também a Igreja Batista Boas Novas fundada pela comunidade russa onde em 15 de Outubro de 1928 iniciou suas atividades no Bairro da Móoca e posteriormente em 6 de Outubro de 1932 inaugurou o novo templo em Vila Bela e posteriormente devido ao crescente número de fiéis houve a necessidade de inaugurar em 26 de Julho de 1953 um novo templo maior na Vila Zelina.
Também na Vila Zelina, na década de 1940, existiu uma igreja Ortodoxa Russa que estava localizada na confluência da Av. Zelina com a Rua Barão de Juparaná onde atualmente existe um posto de combustíveis. O pároco desta igreja na época fora detido devido a intolerância do então regime militar a imigrantes oriundos da União Soviética. Nesta época muitos russos imigrados eram também proibidos de se manifestarem e eram obrigados a alterarem seus sobrenomes russos cujos sufixos são normalmente terminados em “vitch”, “ov” , “off” e “in” para sufixos característicos de etnias polonesas, russas e húngaras como “wicz“, “ovas” e “ak”.
No bairro de Vila Alpina , bairro adjacente ao de Vila Zelina, inaugurou-se em 1930 a Paróquia Ortodoxa Russa Santíssima Trindade sita na Rua Paratiquara, 151 .
Na outra adjacência da Quinta da Paineira , temos a Igreja Ortodoxa Russa Nossa Senhora da Proteção sita na Rua Montojo, 36.
Na Vila Alpina, também temos a Igreja Ortodoxa Russa do Culto Antigo “Staroveri” sita na Rua dos Junquilhos, 48.
Na Vila Bela, bairro adjacente, em 5 de Junho de 1960 inaugurou-se a Paróquia Católica Ucraniana Nossa Senhora Imaculada Conceição sita na Rua das Valerianas, 168 , cuja obra fora concluída em 1964.
Em 1939 na Vila Bela, temos a Igreja Assembléia de Deus Russa sita na Rua Pitinga, 116 .
Um Pedaço do Leste Europeu em São Paulo
Com o passar das décadas , a vivência em perfeita harmonia entre estas famílias de imigrantes do leste europeu potencializou a formação de associações culturais que objetivaram a preservação das tradições, da gastronomia, do artesanato e da cultura através de suas mais variadas formas de expressão como a dança fundando grupos folclóricos e, da canção, fundando corais, associações estas predominantes até os dias de hoje. Uma delas, a Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo , localizada na Vila Zelina foi a pioneira no Brasil, atualmente com 33 anos de existência, continua realizando seus ensaios de dança e coral folclórico aos domingos nas dependências do Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo.
Em 2007 na comemoração dos 80 anos de fundação do Bairro de Vila Zelina toda a comunidade de Vila Zelina se uniu no evento pioneiro no Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo , onde a partir desta data , espontaneamente fundou-se a AMOVIZA – Associação dos Moradores e Comerciantes do Bairro de Vila Zelina e Adjacências a qual mobiliza e une moradores, comerciantes e empresários locais objetivando a melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade utilizando este aspecto cultural forte leste europeu a fim de valorizar e dar visibilidade a esta região leste europeia de Vila Prudente , desenvolvendo o empreendedorismo reginonal, que oferece através de seus eventos , mais uma opção de lazer, gastronomia, cultura e turismo para o paulistano.
Autoria – Elena Tumenas
VILA ZELINA DE OLHOS AZUIS E CABELOS LOIROS
Em São Paulo chegaram mais de 2,5 milhões de imigrantes, compondo um mosaico de mais de 70 nacionalidades. 80% dos imigrantes se estabeleceram em São Paulo entre 1827 e 1939. .
Os imigrantes lituanos, russos, entre tantas nacionalidades deixaram suas terras natais diante das mazelas provocadas pela 1a. Guerra Mundial e também pela revolução bolchevique de 1917 na Rússia que se espalhou por todo leste europeu. E assim, partiram em busca de realização do sonho de melhores condições de vida e trazendo no coração esperança de dias melhores para suas famílias.
Diziam que no Brasil "o dinheiro dava em árvores como se fossem frutos" e assim na esperança de encontrar o que não conseguiam nos seus paises, lançou-se ao mar em navios precários que levavam mais de 40 dias para chegar à terra sonhada. Nessa viagem muitas crianças não sobreviveram à travessia e morreram, sendo sepultadas no mar.
Aqui chegando, no porto de Santos, subiram a serra do Mar pela estrada de ferro Santos - Jundiaí, hospedando-se na hospedagem da imigrante da Mooca. O plano adotado para o loteamento foi o de uma espinha de peixe, sendo a Av. Zelina, a espinha de onde partiam as travessas em ângulo de 45o. Graus, com o objetivo de diminuir as rampas das ruas. A praça passou a ter um pólo de irradiação onde foi construída a Igreja, em cinco lotes doados pela Soc. De Terrenos V. Zelina.
Assim, na década de 20 do séc XX, vieram os imigrantes lituanos e russos que compraram os terrenos e construíram suas casas no loteamento; instalaram comércios - vendas de secos e molhados, lojas, padaria onde faziam o famoso Pão Preto, uma contribuição desses povos para à gastronomia paulistana.
Os lituanos construíram a Igreja católica no largo de V. Zelina, e os russos a Igreja ortodoxa Vila Bela e também a Igreja Boas Novas foi edificada. Vila Zelina não tinha nenhuma infra - estrutura apenas energia elétrica; ruas de terra batida, sem água encanada e rede de esgotos.
Então, os imigrantes que se estabeleceram na V. Zelina descobriram que o decantado paraíso que ouviram falar não era verdade... Precisava ser construído o sonho.
Diante dessa realidade com tenacidade resolveram abrir trilhas nunca antes percorridas e esse era o desafio que exigiu deles muita perseverança, coragens, voltadas para enfrentar as tarefas da união entre os homens. Tarefas que exigiam o emprego do pensamento e do talento, sobretudo de toda a mente e todo o coração humano.
Aos olhos dos imigrantes, Vila Zelina era cheia de encantos e magia... Diria que aqui, neste solo sagrado a esperança aportou, fincou raízes, sua semente germinou, a árvore da esperança floresceu, seus frutos fartaram aqueles que acreditavam num futuro melhor, à sua sombra dessa árvore frondosa que é Vila Zelina... Aqui muitos tiveram alegrias, sofrimentos foram aplacados e muitos construíram anonimamente a grandeza deste bairro cujos campos altos antes dos tupis - guaranis; dos bandeirantes, depois dos imigrantes lituanos, russos, italianos, portugueses, espanhóis, alemães, japoneses, libaneses, judeus, sírios e tantas outras nacionalidades que seduzidos pela efervescência do trabalho construíram rapidamente a maior cidade abaixo da linha do equador, construídas por diversas etnias, por diversas raças por diversos povos.
Diz o escritor Otávio Paz que:"A memória é a mais alta forma de imaginação humana e não, tão somente, a capacidade de recordar. Se a memória se dissolve, o homem se dissolve."
Assim esta festa de aniversário do bairro da Vila Zelina é uma maneira de fortalecimento da memória dos antepassados que lutaram com bravura dentro das precárias condições humanas que lhes foi oferecido pelo Criador aos imigrantes e para que os jovens tenham referência da grandeza daqueles que ajudaram a construir um Bairro como Vila Zelina.
Essa vila, esse povoado, esse bairro de Vila Zelina, essa gigantesca cidade de São Paulo é uma demonstração da vitória do espírito humano. Viva... Vila Zelina e sua gente.
Texto elaborado com as memórias ouvidas durante as reuniões da comissão organizadora da Festa de Vila Zelina por Antônio Viotto Netto filho do bairro.
Autor: Antonio Viotto Netto.
Vila Zelina
Não se sabe ao certo a data em que a Vila Zelina foi oficialmente fundada. Porém, sabe-se que no final de 1927 já havia resquícios de moradores ou, pelo menos, pessoas que transitavam por esta região, conhecida ainda no século 19 como Baixos do Embauba. Cláudio Monteiro Soares Filho, um dos proprietários de grande parte dessas terras, resolveu então lotear o espaço em 1927 e vender, para que se povoasse o local, já que em Vila Prudente, bairro vizinho, as fábricas e a atividade comercial já eram latentes.
Porém, como Monteiro Soares Filho não tinha muito tino para a venda, delegou esta função a um imigrante recém-chegado da Rússia, Carlos Corkisco, que instalou uma espécie de escritório no lugar onde hoje funciona a Padaria São José, bem no Largo de Vila Zelina.
Recém chegado com outros imigrantes do leste europeu, Corkisco foi para a região do Brás e da Mooca (mais precisamente para a hospedaria dos imigrantes, que é onde todos ficavam quando chegavam ao Brasil) para fazer propaganda das novas terras à venda em um lugar bem próximo, mas bem mais tranqüilo. Como tinha fluência das línguas russa, lituana e polonesa, essas nacionalidades foram as que mais adquiriram um espaço de terra.
Quem nos conta esta história é a sobrinha de Carlos Corkisco, Elena Tumenas , que chegou no Brasil com quatro anos e, a convite do tio, vendeu todos os pertences na Rússia e veio com sua família para Vila Zelina em 1929. Ela é a moradora mais antiga da Vila Zelina e lembra com detalhes de todo o nascimento do bairro. “No começo, não havia nenhum comércio aqui na região e éramos obrigados a ir até a Vila Bela para fazer compras. A primeira padaria só abriu no fim de 1934, início de 1935, conta Elena descendente de russos.
Ela lembra que foi moradora de uma das primeiras casas do bairro, construída também pelo seu tio Carlos. Seu tio Carlos Corkisco ajudou na intermediação junto ao dono das terras para doação de um lote para a construção da Igreja São José.
Profissional da alta costura, Elena trabalhou nos principais ateliês de moda da cidade e vestiu praticamente todas as noivas do bairro. Quando se casou, em 1945, morou na Rua Campos Novos, mas poucos anos depois se mudou para a Rua Barão de Juparaná, onde vive até hoje.
Construção das Igrejas na Vila Zelina e Adjacências
Quando se iniciou o bairro e os imigrantes começaram a se mudar, muitos sentiram a necessidade da construção de um lugar para que todos tivessem um apoio espiritual. Sabendo dessa necessidade, Monteiro Soares Filho doou parte de seu lote central e mais 80 mil tijolos para que a comunidade, em sua maioria católica lituana, construísse a igreja.
Mesmo com a doação destes tijolos, precisava ainda de mais materiais e, claro, a mão-de-obra. Por isso, o padre lituano Benediktas Sugintas, que já estava na região, pediu ajuda à comunidade lituana dos Estados Unidos e da própria Lituânia. A ajuda foi grande, mas não o suficiente. Mesmo assim, a comunidade pedia que o local ficasse pronto com rapidez. Com projeto arquitetônico elaborado por Ramos de Azevedo, inaugurava-se, em 16 de fevereiro de 1936, o primeiro templo católico lituano da América do Sul. Cerca de 6 mil pessoas, entre fiéis, padres, seminaristas e representantes da cúria participaram da primeira cerimônia.
O casal Francisco e Eugênia Dylis , também moradores pioneiros do bairro, lembram-se muito bem da construção da igreja. Os pais dos dois trabalharam nas obras e “lembro que, ainda menina, subia até o largo para levar a marmita para meu pai”, disse Eugênia, que tinha oito anos quando a igreja foi inaugurada.
Francisco, conhecido na região como Sagüi, foi centroavante do São José, um dos principais times de várzea da região na década de 40. O campo de jogo era onde hoje está construído o Colégio São Miguel Arcanjo, iniciado com auxílio de freiras americanas de ascendência lituana.
Nesta mesma década da construção da Igreja de São José de Vila Zelina construíram-se também a igreja Batista Russa Boas Novas, Assembléia de Deus Russa , Igreja Ortodoxa Russa Nossa Senhora da Proteção e em Vila Alpina a pioneira Igreja Ortodoxa Russa Paróquia Santíssima Trindade.
Posteriormente foi construída também na adjacência de Vila Zelina em Vila Bela uma Igreja Católica Ucraniana.
Vila Zelina Atual
A Vila Zelina é um dos poucos bairros de São Paulo que podemos considerar tranqüilos para se viver. Muitos moradores ainda guardam tradições antigas de seus países de origem em diversos aspectos. O bairro ainda não foi tão atingido pela especulação imobiliária, mas já tem várias nuances de modernidade, trazidas por uma nova geração de moradores.
O comércio do bairro é um dos mais fortes de toda a região, com grandes bancos e lojas dos mais variados artigos. Pela movimentação de pessoas, o trânsito local também está cada dia mais intenso, quebrando de certo modo a tranqüilidade peculiar do bairro. O Bairro de Vila Zelina desde 2007 vem comemorando em 27 de Outubro seu aniversário de fundação com sua tradicional festa de rua com atrações artísticas dos imigrantes do leste europeu fortemente presentes , atuantes e convidados, com artesanato e gastronomia típica. Esta festa vem sendo organizada pela associação dos moradores e comerciantes do bairro de Vila Zelina e Adjacências – AMOVIZA que também organiza a feira periódica de artesanato e culinária típica mensalmente aos domingos na Rua Aracati Mirim ao lado do Parque Ecológico de Vila Prudente. A igreja São José realiza em Março a sua tradicional Festa de São José. No bairro temos a feira livre, que toda sexta-feira, rigorosamente, acontece entre as Ruas Manaiás e Inhangapi.Realizam-se eventos sociais conjuntos entre as comunidades de imigrantes do leste europeu como bailes, bingos e jantares.
E por que o nome Vila Zelina? Porque "Zelina" era o nome da filha de Cláudio Monteiro Soares Filho e Zenobia Alvarenga Monteiro Soares, para homenageá-la, quando loteou suas terras, Cláudio Monteiro Soares batizou o bairro com o nome da filha, família esta de descendência portuguesa considerada como a fundadora deste bairro aconchegante, pouco verticalizado e com ares de cidade do interior .
Autores : Elena Tumenas / Renato Corona.
Trecho da Revista "Musu Lietuva" - revista tradicional da Comunidade Lituana - No 10/07 (2468)
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GALERIA DE FOTOS
Foto Aérea Parcial da Vila Zelina
Feira Comunitária Mensal de
Artesanato e Culinária Típica
Pão Preto Leste Europeu
Carros Antigos - Automóvel Clube
Vila Zelina
Iluminação Natalina da Praça República Lituana
Praça Pushkin
Subprefeito Roberto Alves & Pastor Vagner
- Plantio de Mudas na Vila Zelina
Subprefeito Wilson Pedroso - Festa de Vila Zelina
Subprefeita Patricia Saran & Universidade de Guarulhos -
Projeto de Revitalização da Vila Zelina
Luminárias Antigas Praça
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Culinária Búlgara - Feira do Leste Europeu
Artesanato Temático em Acessórios Femininos
Drika Satkunas
Festa do II Porco no Rolete - 2013
Evento Anual Beneficente do Rotary Vila Alpina,
CDC Fernando Romera Val e AMOVIZA
Festa de Vila Zelina 2011
Ballet Bolshoi
Festa de Vila Zelina
2009
Festa de Vila Zelina
Parque Ecológico de Vila Prudente 2009
Associacao Cultural
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Grupo Rambynas - Comunidade Lituana
Festa de Vila Zelina
2009
Igreja Ortodoxa Russa Nossa Senhora da Protecao
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Rua Tamuanas 1972
Rua Barao do Pirai com Rua Santa Adeodata - 1950
Malharia da Familia Gregaits
Implantacao do Saneamento Basico no Bairro
Campanha da Saude Bucal
Contrucao da Igreja Boas Novas
Bar do Vito (Atual Bar do Fernando)
Largo de Vila Zelina 1945 (Atualmente Praça República Lituana)
Av. Zelina - Decada de 1950 - Loja de Roupas ao Lado do Bar do Vito
Porta da Igreja São José - Década de 1950
Vila Zelina - Década de 1950 - Lateral da Igreja São José
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